FUNK E FREESTYLE , O que tem em Comum :
O Funk Carioca apesar do nome, é diferente do Funk originário dos Estados Unidos. Isso ocorreu pois a partir dos anos 1970 eram realizados bailes 'black' ou bailes 'funk', com o tempo os DJs foram buscando novos ritmos de música negra mas o nome original permaneceu. O funk carioca tem uma influência direta do Miami Bass e do Freestyle.
Furacão 2000 é uma equipe de som, produtora e gravadora carioca que produz coletâneas e shows de Funk Carioca. Principal responsável pela divulgação e popularização do gênero pelo país, que é uma variação do Miami Bass com influências brasileiras como toques de ritmos africanos. Teve início após a fusão de duas equipes de som na década de 70: a Som 2000, de Rômulo Costa e a Guarani 2000, de Gilberto Guarani. Inicialmente realizava bailes de soul e funk.
Miami bass (também conhecido como som de Miami) é um tipo de hip hop que se tornou popular nos EUA nos anos 80 e 90. Ele é conhecido por usar a batida continuada da caixa de ritmos Roland TR-808, batida de dança acelerada e, algumas vezes, pelo conteúdo sesualmente explícito das letras.
É derivado do Electro e foi a base do chamado funk carioca.
Curiosidades:

Joseph Saddler (Bridgetown, 11 de janeiro de 1958), mais conhecido como Grandmaster Flash, é um músico de hip-hop e DJ. É atribuido à Grandmaster Flash a invenção do " scratch", como Hermano Vianna cita na página 21 de seu livro " O mundo funk carioca" : "Grandmaster Flash, talvez o mais talentoso dos discipulos do Dj Jamaicano¹, criou o "scratch", ou seja, a utilização da agulha do toca-discos, arranhando o vinil em sentido anti-horário, como instrumento musical. Além disso, Flash entregava um microfone para que os dançarinos pudessem improvisar discursos acompanhando o ritmo da música, uma espécie de repente-eletrônico que ficou conhecido como Rap.
Wesley Pentz, conhecido como Diplo, é um DJ americano que mistura em seus sets e produções influências de miami bass, dirty south, hip-hop, pop e funk carioca.
As primeiras influencias surgiram na época da grande crise econômica dos EUA, em 1929, quando os músicos e dançarinos que trabalhavam nos cabarés ficaram desempregados e foram para as ruas fazer seus shows.

Em 1967, o cantor James Brown lançou essa dança através do Funk (não confundir com o funk carioca.), estilo musical que tem entre seus expoentes Michael Jackson, Le Gusta, Paula Lima, Tim Maia, Ed Motta, Jorge Ben, Seu Jorge, Funk N' Lata, Olodum, Sandra de Sá, Thaide e DJ Hum, Aretha Franklin, Marvin Gaye, Funkadelic, entre outros.
O Breaking, uma das vertentes dos Street Dances, explodiu nos EUA em 1981 e se expandiu mundialmente. No Brasil, os dançarinos incorporaram novos elementos à dança.
Estilos
Existem dois tipos de street dances:

1.Street dances vinculada a Cultura Hip Hop, grupos ou crews;
2.Street dances vinculada às academias e estúdios de dança.
Podemos caracterizar o Street Dances como:
Um trabalho de coordenação motora com ritmo e musicalidade;
Um ritmo,onde se dá mais atenção aos movimentos fortes e enérgicos executados pelos braços, pernas, movimentos acrobáticos coreografados, saltos e saltos mortais.
Uma dança com maioria de dançarinos homens, porém hoje encontra-se um maior espaço para as mulheres.
São usadas músicas que tenham batidas fortes e marcantes,algumas músicas eletrônicas e em geral músicas cantadas em cima dos breakbeats.
A Street Dances quando vinculada ao movimento Hip Hop (Hip do inglês - quadril; Hop - pulo) toma um outro sentido na história e em sua formação.
Existem vários estilos de dança dentro do Hip Hop, entre eles temos:

1.O Breaking, executados pelos B.Boys ou B.Girls
2.O Locking, executados por lockers
3.O Popping, executado por poppers
4.O Hip Hop Dance (New School Hip Hop Dance), executado pelos hip hoppers
5.As Social Dances (passinho de dança de dançeteria)
O "Break Beat" é a batida de fundo repetitiva muito conhecida pelos Mcs em seus shows, os Djs entram e tocam a música e os dançarinos (b.boys ou b.girls) fazem a sua dança nessa batida da música.
Difere-se do Hip Hop Dance que neste caso utiliza-se das danças sociais conhecidas como, harlem shake, happy feet, monastery e etc. Em outras palavras, o Hip Hop é um estilo de dança mais dinâmico, já que este veio de outras danças sociais.
Uma das grandes características vinculada ao Hip Hop é a improvisação, que algo momentâneo e acontece com mistura de linguagens entre, encenação teatral, mímica e dança. Tem o seu nascimento nos Estados Unidos da América, o leste e o oeste norte americano tem expoentes diferentes de estilos e de representantes no Street Dances.
O Freestyle, nome em inglês que significa estilo livre, é um gênero musical nascido nos Estados Unidos nos anos 1980. A principal característica desse tipo de música é a mistura de outros estilos como Club, Dance Music, Blues, House Music, entre outros.
Artistas do Freestyle Mais Populares:
Mickey Garcia, Stevie B,Johnny O, Trinere, Lydia Lee Love, Spanish Fly, Linear, Ray Guell, Collage, In-Dex, Coro, Noel, Tony Garcia,Bardeaux,Nyasia,Samuel,Lil' Suzy e Muitos Mais...
O gênero nasceu no final dos anos 1970 misturando vários estilos, na maioria derivados do Soul, o “pai“ da Black Music americana. Inicialmente, o freestyle surgiu em forma de músicas instrumentais, muitas no padrão conhecido como Break. Não demorou e a música logo virou febre, muitos dançarinos criaram formas diferentes e assimétricas para dançá-las, estes mais tarde ficaram conhecidos como “B. Boys” (uma forma abreviada do nome Breaker Boy). Começaram a surgir inúmeros estilos de dança de rua como o Street Jam e suas variações. A mistura de batidas instrumentais e sons eletrônicos era febre, dos que se destacaram na era dos Jams, sem dúvida o maior foi Pretty Tony. Um passo importante na evolução do freestyle foi a implantação das músicas cantadas, os famosos Raps. Uma nova música começara a surgir, um som chamado de Bass, e que mais tarde foi apelidado por muitos de Miami Bass, associação feita com a cidade de maior produção do estilo. O freestyle que nasceu da fusão de ritmos começou a se fragmentar em subestilos, tanto instrumentais quanto cantados.

A MUSICA FUNK NO BRASIL:
Funk (também conhecido como soul funk ou funk de raíz) é um estilo bem característico da música negra norte-americana, desenvolvido a partir de meados dos anos 1960 por artistas como James Brown e por seus músicos, especialmente Maceo Parker e Melvin Parker, a partir de uma mistura de soul music, soul jazz, rock psicodélico e R&B.
O funk pode ser melhor reconhecido por seu ritmo sincopado, pelos vocais de alguns de seus cantores e grupos (como Cameo, ou os Bar-Kays). E ainda pela forte e rítmica seção de metais, pela percussão marcante e ritmo dançante. Nos anos 70 o funk foi influência para músicos de jazz (como exemplos, as músicas de Miles Davis, Herbie Hancock, George Duke, Eddie Harris entre outros).
Somente com as inovações de James Brown em meados dos anos 60 é que o funk passou a ser considerado um gênero distinto. Na tradição do R&B, estas bandas bem ensaiadas criaram um estilo instantaneamente reconhecível, repletos de vocais e côros de acompanhamento cativantes. Brown mudou a ênfase rítmica 2:4 do soul tradicional para uma ênfase 1:3, anteriormente associada com a música dos brancos - porém com uma forte presença da seção de metais. Com isto, a batida 1:3 virou marca registrada do funk 'tradicional'. A gravação de Brown feita em 1965, de seu sucesso "Papa's Got a Brand New Bag" normalmente é considerada como a que lançou o gênero funk, porém a música Outta Sight, lançada um ano antes, foi claramente um modelo rítmico para "Papa's Got a Brand New Bag." James Brown e os outros têm creditado a criação do gênero a Little Richard que em turnê com sua banda The Upsetters, com Earl Palmer na bateria, em meados de 1950s, como sendo a primeira a colocar o funk na batida do rock 'n' roll. [1] Após a sua saída temporária da música secular para se tornar um evangelista, alguns dos membros da banda Little Richard, se juntaram a Brown e à sua banda Famous Flames, começando uma seqüência de sucessos em a partir de 1958.
Funk Brasil, Volume 1

Funk Brasil, Volume 1 é um álbum do gênero musical conhecido como "funk carioca". Produzido pelo DJ Marlboro, faz muito sucesso nas festas e nos bailes funk de todo o Brasil.
Este álbum notabilizou-se por ser o primeiro em português do gênero[carece de fontes?], tendo faixas até hoje lembradas pelos aficcionados do estilo, como a Melô do Bêbado, Feira de Acari, Melô do Álcool e Melô da Mulher Feia, entre outras.
Anos 90

Nessa época as letras do funk carioca falavam das dificuldades que os moradores de favelas do Rio de Janeiro passavam, a discriminação racial, e social que se via em todos os lugares, praças, shopping, praias, cinemas, teatro, estádio de futebol (Maracanã), e outros.
O funk carioca apresentava um discurso contra as brigas nos bailes funk, o chamado "corredor", formados por pessoas que se denominavam fazer parte do lado A e do lado B, e que assim se organizavam e brigavam.
As letras falavam ainda das revistas policiais que os jovens moradores de favelas passavam em público, e que nessa época era visto como arma político-ideológica, além de temas relacionados ao amor.
Anos 2000

As músicas mais famosas produzidas neste período tomaram uma direção diferente das criadas na década anterior, com uma conotação mais sexual, letras ora de duplo sentido, relatando posições sexuais, ora dizendo explicitamente palavras de baixo calão. Nestas canções as dificuldades da população da favela são postas um pouco à parte e toma vigor a visão do baile funk como reunião social para paquera, namoro e flerte. O envolvimento com o tráfico é ignorado.
Um grupo que pode ser considerado como divisor de águas deste período é o Bonde do Tigrão, com músicas que reúnem bem as características supracitadas, como Cerol na Mão, Tchuthuca e etc. Com estas e outras canções, o grupo alcançou projeção nacional.
Com o sucesso do Bonde do Tigrão vários outros grupos surgiram, seguindo praticamente a mesma linha, como Bonde do Vinho, Os Magrinhos, Os Havaianos, Os Ousados e Bonde dos Prostitutos.
Apesar do surgimento de grupos com coreografias criativas e por vezes engraçadas, os tradicionais MCs continuam seguindo. Alguns nomes como MC Serginho (com seu parceiro artístico Lacraia), Mr. Catra, MC Colibri, Mc Frank, MC Menor do Chapa e MC Marcinho (que também fez sucesso na década de 90) são alguns destaques nos Anos 2000.

Nessa década passou a haver uma participação maior das mulheres no funk carioca. Alguns grupos como As Danadinhas, Gaiola das Popozudas ou MCs como Tati Quebra-Barraco, MC Sabrina e Perlla chegam às paradas de sucesso. As músicas destas costumam falar sobre o lado sensual dos bailes funk pela visão feminina, a liberação sexual das mulheres e relacionamentos amorosos de um modo geral.
Temas como "quem paga o motel sou eu", "vou chifrar o seu marido", "amantes vs. fiéis", são comuns.
Críticas:
O estilo musical, embora apresente expansão mercadológica, continua sendo alvo de muita resistência, sendo bastante criticado por intelectuais e parte da população.
O funk carioca é geralmente criticado por ser paupérrimo em criatividade, por muitas vezes apresentar uma linguagem obscena e vulgar apelando para letras obscenas, com apologia ao crime, drogas e tráfico, e à sexualidade exarcebada, para fazer sucesso, e na segunda década de 2.000 ficou
Outro problema relatado do funk é o volume no qual costuma ser executado: bailes funk quase sempre não respeitam qualquer limite de decibéis, o que configura outra transgressão à lei.